
A edificação da actual igreja de Santa Marinha, matriz de Cortegaça, que veio substituir uma outra de época anterior, foi iniciada em 1910 e concluída em 1918 sob projecto de Manuel Soares de Almeida (Cf. Processo de Classificação, IPPAR/DRC). Trata-se de um imponente templo, com fachada principal flanqueada por torres rematadas por coruchéus. O pano central é marcado pela abertura do portal de verga recta, que se liga ao janelão superior, com balaustrada e frontão triangular, terminando num amplo frontão coroado por três esculturas - Santa Marinha, a quem o templo é dedicado, encontra-se ao centro, com S. Miguel à direita e S. Martinho à esquerda. Todo este alçado foi revestido por azulejos azuis e brancos, com motivos decorativos e arquitectónicos que equilibram e enquadram os vãos existentes. As representações figurativas são referentes a S. Pedro e a S. Paulo, a S. João Bosco e a S. Francisco de Assis, ao Coração de Jesus e ao Coração de Maria.
No interior, o retábulo-mor exibe um painel com Cristo Ressuscitado, as imagens de Santa Marinha e São Miguel. O tecto da capela-mor apresenta pinturas dos quatro Evangelistas.
A igreja foi depois objecto de outras campanhas, entre as quais se destaca a realização de dois altares e, em 1956, a construção de um novo baptistério onde se inclui um painel de azulejo com a figuração do Baptismo de Cristo. Sensivelmente na mesma época foram aplicados dois painéis de azulejo na capela-mor.
O revestimento azulejar do exterior da igreja matriz de Cortegaça inscreve este templo na tendência que, desde o século XIX, se manifestou de forma particular na região de Ovar, onde boa parte das fachadas dos imóveis foram revestidas por azulejos.
A presente classificação inclui ainda os jazigos do Cemitério Velho, situado ao lado da igreja. Executados entre o final do século XIX e o início da centúria seguinte, caracterizam-se pela utilização de um vocabulário revivalista, destacando-se pelo trabalho escultórico das suas cantarias, pelos gradeamentos em ferro forjado e, também, pelo recurso ao revestimento azulejar, configurando um conjunto de grande homogeneidade.
(RC)
Boa Noite Sr. Padre,
ResponderEliminarNão me conhece mas fui baptizada por si há quase 30 anos agora...
Estava a eu a ler este artigo e não refere nada acerca do financiamento e da construção da Igreja. A minha avô tinha muito orgulho na igreja da terra e contava que foi o povo que a construi. Não sei se era no primeiro sentido ou no sentido figurado. Sabe m dizer algo mais acerca disso.
Muitos Parabéns pelo blogue!
Bom dia Sr. Padre,
ResponderEliminarNo dia de Páscoa, preparei-me para receber o Senhor em casa e assim mostrar aos meus pequenos o que é beijar a cruz. Coloquei os “verdes” à porta e o Compasso, tal qual corredores à procura da “camisola amarela”, passaram e seguiram sempre o seu caminho. Impossível não terem reparado nos verdes, mas como a porta estava encostada, nem se dignaram a tocar à campainha. Vi-os no fundo da rua, mas, como moro num entroncamento, ainda fiquei com a esperança de que eles ainda iriam passar por cá.
Juntamente com os meus pais e os meus filhos esperámos toda a manhã! Cerca das 12h00 soaram os foguetes e eu pergunto-me quem terá sido o Compasso vencedor da rapidez…
São cada vez menos as pessoas a abrir a porta neste dia e eu creio que não voltarei abrir a minha. Quem são estas pessoas que fazem parte do Compasso e andam sempre em volta da igreja! Ainda bem que eu não faço parte delas, porque eu não teria uma atitude destas!!
Creio que não preciso de dizer o sentimento de desilusão que tive, mas certamente faço parte daquele tipo de pessoas azaradas a quem tudo corre mal…
Espero que tenha tido uma boa Páscoa, porque para mim não foi!
Cumprimentos,